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Programa Tim Lopes

Programa Tim Lopes

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O Programa Tim Lopes é uma resposta da Abraji à violência contra jornalistas, em especial no interior do país. Na primeira fase, o repórter Bob Fernandes percorreu os cenários de alguns dos crimes mais simbólicos contra jornalistas nos últimos anos. Ao lado de um documentarista da equipe de João Wainer, ele recolheu informações sobre o crime em si, as investigações e as consequências dessa morte para a comunidade. 

Iniciada no segundo semestre de 2017, a segunda etapa consistiu na criação de uma rede de resposta rápida aos crimes contra jornalistas. Sempre que um comunicador ou jornalista é assassinado no exercício da profissão, a Abraji coordena a viagem de uma equipe para o local onde ocorreu o crime. Após uma investigação intensiva, o material é publicado colaborativamente por uma rede de veículos parceiros. Além de cobrir a morte em si, os repórteres revelam as reportagens que possam ter provocado o homicídio.

Em 2020, o programa passou a produzir lives no perfil da Abraji no Instagram. São entrevistados jornalistas de vários estados do Brasil que enfrentam situações de ameaça e que atuam em áreas sensíveis e que possam se colocar em risco.

Com a série #JornalismoSeguro #SafeJournalism, foram produzidos vídeos curtos, em que jornalistas dão dicas sobre segurança na cobertura de áreas como segurança pública, direitos humanos, administração pública, jornalismo de dados, educação, esporte, entre outros.

A equipe do programa também produziu o documentário Jornalismo na fronteira, em que mostrou os riscos do trabalho de profissionais que atuam na fronteira do Brasil com o Paraguai. A entrevista com o jornalista paraguaio Cándido Figueredo mostrou a rotina de um profissional que vive há 25 anos com escolta armada, após sofrer ameaças e ataques em sua própria casa, em Pedro Juan Caballero.

Ainda em 2020 foi lançado o podcast Jornalismo Sem Trégua, que realiza um mergulho no local onde ocorreram os crimes investigados no programa e traz nuances sobre esses homicídios. O recado é claro: matar o mensageiro, no caso o jornalista, não impede que seu trabalho continue sendo feito.

Em sua primeira temporada, o podcast tratou da execução do jornalista Tim Lopes, em 2 de junho de 2002, na Favela da Grota, no Rio de Janeiro. O jornalista, na época com 51 anos, foi torturado e executado por traficantes. Ele foi surpreendido enquanto realizava uma reportagem no Complexo do Alemão. Os episódios relatam as investigações policiais, a caçada de 109 dias ao mandante do assassinato, o traficante Elias Maluco, e o julgamento dos acusados. Nessa temporada foram abordadas as mudanças na cobertura policial, como o uso de equipamento de segurança pelos jornalistas. A morte de Tim Lopes inspirou a criação da Abraji.

Na segunda temporada, foi abordado o caso do radialista Jefferson Pureza, de 39 anos, morto em 17.jan.2018, na varanda de sua casa, em Edealina, no interior de Goiás. O crime teria custado R$ 5 mil e um revólver 38. Os episódios revelam detalhes das investigações e o polêmico julgamento que absolveu o vereador acusado de ser o mandante do crime. 

Na terceira temporada, o podcast falou do assassinato do radialista Jairo de Souza, assassinado no dia 21.jun.2018, em Bragança, no Pará. Segundo as investigações policiais, o crime foi encomendado a um grupo de extermínio com dez integrantes e teria custado R$ 30 mil. Um vereador foi acusado de ser o mandante do crime, e o caso ainda não foi a julgamento. Os episódios de todas as temporadas estão disponíveis no Spotify e em todos os aplicativos que reproduzem podcasts, incluindo o perfil da Abraji no Youtube

Confira a playlist do programa no Youtube. 

O Programa Tim Lopes é realizado pela Abraji com financiamento da Open Society Foundations. O nome do programa é uma homenagem ao repórter Tim Lopes, assassinado em 2002, no Rio de Janeiro. A coordenação do programa é da jornalista Angelina Nunes.