• 07.05
  • 2010
  • 11:50
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RSF apresenta análise sobre liberdade de imprensa no mundo

A entidade Repórteres Sem Fronteiras (RSF) apresentou, nesta segunda-feira, 3, no Seminário Liberdade de Expressão um mapa sobre a situação da liberdade de imprensa no mundo em 2010. A análise divide 175 países em um espectro de cores que vai do branco, que significa uma condição boa, ao preto, que demonstra uma situação muito grave. O Brasil aparece em laranja claro, que sinaliza que o país tem problemas sensíveis, o que nos deixa melhores do que Venezuela e Equador, que apresentam cor laranja escuro, distantes do preto da Arábia Saudita, mas ainda longe da liberdade clara de Canadá, Austrália, Bélgica, países escandinavos e outros.

O desenho foi exibido pelo presidente emérito do Grupo RSF, Jayme Sirotsky, no seminário que aconteceu na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj). O evento, que ocorreu no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, teve apoio da Associação Nacional de Jornais (ANJ), da Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão, da Associação Nacional dos Editores de Revista (Anere) e do Fórum Permanente do Direito à Informação e de Política de Comunicação Social do Poder Judiciário.

De acordo com Freedom Fórum, as maiores ameaças à imprensa brasileira partem de decisões judiciais censurando ou limitando a publicação de reportagens. "Aqui são praticadas algumas formas veladas de censura e outras explícitas, com base em interpretações equivocadas da lei", disse o presidente do RSF, que classificou a situação brasileira como de “liberdade relativa”.
No campo da segurança física para jornalistas, a situação do Brasil também não é a ideal. Até 2009, frisou Sirotsky, o País era um dos 14 piores locais para a imprensa trabalhar sob esse ponto de vista, de acordo com a organização Comitê para a Proteção de Jornalistas. Em 2010, o Brasil saiu da relação, devido a condenações de criminosos que mataram profissionais da área.

Assinatura Abraji