• 12.05
  • 2008
  • 12:39
  • Alunos de jornalismo do UNI-BH

Jornalistas revelam os bastidores da TV brasileira durante o congresso da Abraji

A palestra sobre telejornalismo, ministrada durante o 3º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, contou com a presença de três grandes nomes da TV brasileira: Giovani Grizotti, repórter da RBSTV, Benny Cohen, editor geral de jornalismo da TV Alterosa, e Fernando Gomes, editor-chefe e apresentador de telejornal da TV Assembléia mineira.

Grizotti, o primeiro palestrante a dividir sua experiência com os participantes, é especialista no trabalho com câmeras escondidas. Segundo ele, o uso desse recurso, muitas vezes, requer que o repórter seja “mais ator do que jornalista”.
 
Para Grizotti, nesses casos, a preservação da identidade do repórter é imprescindível. Ele ainda ressaltou que “esse tipo de trabalho não é fácil” e que, sem fontes, é muito difícil ser jornalista. Segundo Grizotti, para ser um bom repórter, é preciso gostar do que se faz.
 
Benny Cohen foi o segundo palestrante da oficina. Apesar de nunca ter exercido jornalismo investigativo, Cohen foi um dos responsáveis pela mudança na cobertura de notícias da TV Alterosa. Antes, as reportagens mostravam nome e rosto de suspeitos de crimes e das vítimas. Atualmente, as identidades são preservadas. “Nem sempre o que está na imagem é a verdade verdadeira. Não é trabalho da imprensa se antecipar ao poder judiciário. Toda pessoa é inocente até que se prove o contrário”, disse Cohen.

Por último, Fernando Gomes apresentou o jornalismo realizado nas TVs públicas. Segundo ele, os jornais da TV Assembléia procuram abordar assuntos de interesse público, procurando dar mais foco às cidades do interior. Isso porque é lá que está grande parte dos telespectadores da emissora. Gomes ainda mostrou que é necessário ter cuidado para que os políticos não façam com que a TV se torne um grande palanque, usando-a em benefício próprio.

Assinatura Abraji