Fundador da Abraji e formador de gerações de jornalistas, Marcelo Beraba morre aos 74  anos
  • 28.07
  • 2025
  • 17:22
  • Abraji

Fundador da Abraji e formador de gerações de jornalistas, Marcelo Beraba morre aos 74 anos

Marcelo Beraba, jornalista que influenciou gerações de repórteres ao moldar e comandar grandes redações em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília ao longo de mais de 50 anos de carreira, morreu nesta segunda-feira, 28 de julho, aos 74 anos, no Rio. A causa da morte foi câncer no cérebro.

Beraba foi o idealizador e fundador da Abraji, associação responsável pela organização dos maiores congressos de jornalismo do hemisfério sul. Segundo Rosental Calmon Alves, diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, "sem Beraba não haveria Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Sem Beraba, a Abraji não teria crescido e se consolidado como uma das maiores organizações de jornalismo investigativo do mundo, indo muito além do que seus fundadores imaginavam naquele dezembro de 2002".

Ao longo de sua trajetória, Beraba tornou-se uma referência ética e profissional em grandes redações brasileiras, como as de O Globo, Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil, TV Globo e O Estado de S.Paulo. Ele dedicou sua carreira a formar equipes, identificar e treinar talentos, e a implementar as melhores práticas jornalísticas. Almejava melhorar a qualidade do jornalismo no Brasil, e conseguiu.

Sua influência se estendeu também ao jornalismo latino-americano, como destaca Ricardo Uceda, diretor do Instituto Prensa y Sociedad (Peru): "Ele foi um dos fundadores da Conferência Latino-Americana de Jornalismo Investigativo (COLPIN) e do seu Prêmio Latino-Americano, no qual atuou como jurado por mais de dez anos. Seu papel foi decisivo na (consolidação da) relação entre jornalistas brasileiros e latino-americanos, inexistente até duas décadas atrás."

Beraba era um defensor incondicional da liberdade de imprensa e um incansável promotor do jornalismo investigativo como ferramenta essencial para o fortalecimento da democracia. Acreditava que não se faz bom jornalismo sem bons jornalistas, daí ter incentivado cursos de treinamento de jornalistas nas redações que chefiou e como presidente da Abraji. Sua visão de um jornalismo crítico e investigativo pautou sua atuação em todos os veículos por onde passou. E se difundiu ainda mais através da Abraji.

Beraba era um editor que gostava de reportagem e de bons repórteres. "Já fui editor, fechei Primeira Página..., mas o que me deu mais prazer, deu mais motivação, foi trabalhar com produção de reportagens, com repórteres, fazer planejamento, a pauta". O jornalismo representou para ele uma vocação, uma forma de expressar sua criatividade e de contribuir para a sociedade.

Ao longo de sua trajetória, Beraba se dedicou a produzir reportagens de qualidade, a investigar os fatos a fundo e a defender os interesses do leitor. Ele sempre valorizou a ética, a imparcialidade e a transparência no jornalismo, buscando garantir que a informação chegue ao público de forma clara, precisa e completa.

Infância e vida no seminário

Marcelo José Beraba nasceu no Rio de Janeiro em 29 de abril de 1951. Filho do comerciante Elomir Beraba e da dona de casa Maria Ester Martins Beraba, sua família não tinha envolvimento direto com o jornalismo, mas a leitura de jornais era incentivada em casa, no bairro do Rio Comprido. Seu Elomir gostava de livros. Tinha uma biblioteca com grandes autores da literatura brasileira. E era assinante do jornal O Globo. Desde cedo Beraba gostava de ler. Além do Globo, lia o Jornal dos Sports e histórias em quadrinhos.

Beraba estudou no Colégio Santo Inácio, tradicional escola jesuíta em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Por pouco, o jornalismo não perdeu Beraba para a Igreja. Ele passou quase quatro anos em um seminário, primeiro em Vila Velha, no Espírito Santo, e depois em Mendes, no interior do Rio de Janeiro. No seminário, foram anos de intensa atividade literária, com acesso aos clássicos brasileiros e franceses, além de ser incentivado a escrever. A vida de padre acabou não vingando e, lá no seminário, surgiu seu interesse em se tornar jornalista.

No final de 1970, ele voltou ao Rio decidido: prestou um único vestibular, apenas o da Escola de Comunicação da UFRJ. E ficou em primeiro lugar na lista dos aprovados.

Em uma entrevista dada ao projeto Memória da TV Globo, Beraba descreveu seu período na UFRJ, cursado nos primeiros anos da ditadura militar, como um "período fortíssimo de repressão, de prisão de professores e expulsão de alunos". Embora sua turma não tenha vivido diretamente a repressão, sofreu as consequências dela.

Naqueles anos de chumbo, o jornalismo acabou não sendo o assunto que mais se estudava na ECO. "A gente tinha pouca aula de jornalismo mesmo. Era muito mais atividade política, discussão". Ele cita alguns exemplos contrastantes de professores: "telecomunicação era um coronel que ia dar - como se liga rádio, como é que é uma válvula", enquanto outros professores "eram libertários que davam Hegel, Heidegger, Foucault, Althusser e poesia". Dentre os que o influenciaram no jornalismo prático, ele destaca "Nilson Lage, que foi um orientador de todos nós".

Início da carreira em O Globo

Em fevereiro de 1971, antes mesmo do início das aulas na faculdade, Marcelo Beraba conseguiu seu primeiro emprego como aprendiz de repórter, no jornal O Globo. Sua iniciação teve a ajuda de um vizinho do prédio onde morava, Péricles de Barros, que trabalhava em eventos do jornal. Ele indicou-o para o chefe de reportagem, Pery Cotta, que contratou Beraba de imediato. O “foca” (jargão jornalístico para novatos) voltou para casa animado e pediu aos pais que lhe comprassem um terno para que ele pudesse dar os primeiros passos no jornalismo – carreira que abraçou até o fim da vida.

As faculdades de jornalismo eram novidade, e Beraba era um dos poucos na redação de O Globo que cursava a universidade – era comum jornalistas com dois ou mais empregos. Beraba logo começou a trabalhar na editoria de Cidade, acompanhando um repórter em uma matéria sobre cercas na avenida Rio Branco, cuja função era evitar atropelamentos.

Amigo de muitas décadas, o jornalista Marcelo Pontes conheceu Beraba nessa época, em O Globo. Eles viriam a ser companheiros mais tarde já como executivos de sucesso no Jornal do Brasil dos anos 1990. Daqueles tempos em O Globo, Pontes lembra de um grande furo do repórter Beraba, que conseguiu a fotografia do capitão terrorista ferido no atentado do Riocentro, em 1981.

Marcelo Pontes descreve Beraba como "o cidadão indignado com injustiças e tiranias, o repórter corajoso e o militante sindical que, nos anos de chumbo, fazia discursos em cima das mesas da redação". Beraba afirmava que a investigação jornalística sobre o atentado terrorista no Riocentro foi exemplar e contribuiu para o fim da ditadura.

Outra grande amiga que Beraba conheceu em O Globo foi a jornalista Silvia Fiuza. Silvia, Pontes e Beraba formaram um trio que nunca mais se separou. Nos últimos anos, se encontravam para almoçar pelo menos uma vez por mês. Para Silvia, Beraba tinha a palavra do bom senso e uma capacidade de ler as situações sob diversos ângulos. Silvia lembra que Beraba sempre surpreendia com seu jeito irônico e conhecimento profundo sobre detalhes dos fatos do noticiário.

Os anos na Folha de São Paulo

Foi na Folha de S. Paulo que Beraba vivenciou a maior parte da sua carreira, em duas passagens importantes. A primeira delas durou doze anos. Nesse período, ele ajudou a Folha a se consagrar como o maior jornal do Brasil à época. Um sucesso editorial comandado por Otávio Frias Filho.

Beraba começou a trabalhar na Folha em 1984, convidado por Matinas Suzuki Jr., que dirigia a sucursal do Rio de Janeiro. Inicialmente como repórter, sua entrada coincidiu com a implementação do "Projeto Folha". Na sucursal, conheceu a repórter Elvira Lobato, que viria se tornar sua esposa, mãe de uma de suas filhas, e com quem Beraba viveu até o fim da vida.

Em 1985, Beraba foi promovido a diretor da sucursal do Rio. Durante sua gestão, a sucursal produziu reportagens de grande impacto nacional, como a revelação de testes nucleares feitos pelo Ministério da Aeronáutica em plena selva amazônica, na Serra do Cachimbo.

Elvira foi quem descobriu a história. "Ele era meu chefe quando eu recebi uma informação em off sobre a construção do local de teste nuclear pelos militares na Serra do Cachimbo. Cheguei à redação e imediatamente lhe passei a informação. Ele me disse: ‘se você conseguir provar isso, vai ser sua consagração’, e me mandou desaparecer da redação para investigar o caso. Fiquei 15 dias sem aparecer na redação e voltei com a história que rendeu manchetes por um mês na Folha.

Companheira de todas as horas, Elvira compartilha a paixão de Beraba pelo Jornalismo. Ela como repórter, ele como editor. "Como chefe, ele não gostava de apurar notícias. Dizia que sua função era outra e não iria competir com os repórteres”, conta Elvira. “Foi um grande jornalista, não só pela capacidade profissional, mas pelo comportamento ético, pela integridade. Ele tinha talento para identificar as qualidades de cada repórter e estimulá-las.”

Em 1988, Beraba foi convidado por Otávio Frias Filho a trocar a sucursal do Rio pelo comando da editoria de Cidades, e, logo depois, de Política, na sede do jornal, em São Paulo. Nesse período, Matinas Suzuki conta que Beraba “ensinou o jornal a estruturar e planejar grandes coberturas e formou uma geração de repórteres na imprensa paulista. Pautando, orientando, lembrando as perguntas que precisavam ser feitas numa cobertura, ele valia por uma escola inteira de jornalismo dentro da redação”.

Em 1989, o Brasil iria ter a sua primeira eleição direta para presidente depois da ditadura militar. A última vez que o Brasil tinha votado para presidente tinha sido em 1961, quando Jânio Quadros foi eleito. Beraba era o editor de Política da Folha e comandou a cobertura, que seria inédita para todos os jornalistas da equipe. Ninguém daquela geração havia participado de uma cobertura de eleição presidencial. Tudo era novo. “Não só nós. O país não tinha experiência, os candidatos não tinham experiência”, dizia Beraba.

Para um desafio tão grande, a Folha se baseou na experiência de cobertura em outros países, principalmente nos Estados Unidos. Cada candidato tinha dois repórteres “carrapato” acompanhando cada passo. E foi assim que a Folha foi o único veículo a revelar casos de corrupção que envolviam Fernando Collor, então líder nas pesquisas e mais tarde eleito presidente. “A Folha consegue revelar contratos secretos com usineiros. Ele tinha feito acordos lesivos ao estado de Alagoas. A gente revela já na campanha o Paulo César Farias.” Beraba se orgulha de ter sido a Folha a primeira a chamar a atenção para o lado B do candidato que era chamado na imprensa de “Caçador de Marajás”.

“Ficou uma imagem de que a imprensa foi muito omissa nessa eleição de 1989, que ela não apresentou para a sociedade quem era de fato o Collor. Em geral, tem razão, mas em relação à Folha de S. Paulo, é uma crítica injusta.” Nesta primeira passagem pela Folha, Beraba tornou-se um dos principais executivos do jornalismo, chegando a secretário de Redação. Em 1996, Beraba trocou a Folha pelo Jornal do Brasil, onde ficou até 1999. Após o JB, Beraba foi editor-executivo do Jornal da Globo, na TV Globo, por um breve período.

Ainda em 1999, ele voltou para a Folha, novamente como diretor da Sucursal do Rio. Em 2004, Frias Filho convidou-o para se tornar ombudsman, em São Paulo – um dos postos mais importantes do jornal, que é dos raros no continente a manter um funcionário pago para ser o representante do leitor junto à redação.

Sobre aqueles anos, Beraba dizia que o ombudsman deve ter "um olhar distanciado do jornal", e "ler o jornal com o olhar do leitor", defendendo que "não interessa se eu estou entendendo ou não por que o jornal está cometendo esse erro. Interessa o seguinte: é um erro grave e isso prejudica o leitor e prejudica a credibilidade do jornal". 

Passagem pelo Jornal do Brasil

No meio das suas duas passagens pela Folha — entre 1996 e 1999 — Beraba trocou a alameda Barão de Limeira, em São Paulo, pela avenida Brasil, 500, no Rio. Hoje um hospital, ali foi o endereço do Jornal do Brasil. Beraba foi convidado para o JB pelo antigo colega de O Globo, Marcelo Pontes, então editor-chefe do jornal. Assumiu o cargo de editor-executivo. Sua chegada ao JB causou um impacto significativo na redação, que o via como uma figura experiente e com um estilo de trabalho mais sóbrio. No comando, além de Pontes e Beraba, estavam os jornalistas Orivaldo Perin e Paulo Totti.

A passagem pelo JB é lembrada pelos colegas como um período de valorização do jornalismo investigativo e da importância do repórter como protagonista da redação. Na época, o jovem repórter Marcelo Moreira teve a oportunidade de trabalhar com Beraba, e descreve sua experiência como transformadora.

Segundo Moreira, Beraba o chamou para iniciar uma apuração sobre a máfia dos ônibus, que dominava o transporte no Rio de Janeiro naqueles anos 1990. Essa apuração resultou em uma das maiores reportagens investigativas da carreira de Moreira, "O Cartel dos Ônibus". A reportagem foi premiada e marcou uma virada na carreira de Moreira, que passou a se dedicar a reportagens especiais sob a orientação de Beraba.

Em 1998 a Seleção Brasileira tentava na França o seu pentacampeonato na Copa do Mundo da Fifa. Beraba liderou a cobertura na França. Em uma redação improvisada — um salão de um hotel na pequena cidade de Bussy Saint Georges, a 40 quilômetros de Paris — trabalhava uma equipe de repórteres que inovou tanto em tecnologia quanto no formato. O JB tinha craques como Luiz Fernando Veríssimo, Artur Xexeo, Paulo César Vasconcelos, Evandro Teixeira e o veterano de Copas Oldemário Touguinhó. Tinha também estreantes. Beraba nomeou o repórter Marcelo Moreira como “carrapato” de Ronaldo Fenômeno, a grande estrela da Copa. Pautado por Beraba, Moreira foi o único jornalista a entrar na casa que Ronaldo alugou para a família na França e mostrou como era a intimidade do craque.

No comando do Estadão

No final dos anos 2000, Beraba atendeu convite do então diretor de Redação de O Estado de S.Paulo, Ricardo Gandour, e trocou a Folha pelo maior concorrente. Tornou-se editor-executivo, o segundo em comando. Completou, assim, uma quádrupla coroa: comandar as redações dos quatro jornais que, a seu tempo, foram líderes da imprensa nacional – fato raro, senão inédito no jornalismo brasileiro.

No Estado, entre 2008 e 2019, Beraba aplicou o método e o planejamento, seus conceitos fundamentais para comandar redações. Organizou e planejou a cobertura da eleição presidencial de 2010. Montou uma equipe com jornalistas especializados em pesquisas e uso de dados. Depois, topou um novo desafio e foi comandar a sucursal do Estado em Brasília, uma missão difícil e sensível em época de turbulência política no país.

Criação da Abraji

Em junho de 2002, o assassinato do jornalista Tim Lopes, morto por traficantes enquanto fazia uma reportagem investigativa na favela da Vila Cruzeiro, no Rio, foi um dos momentos mais traumáticos na história do jornalismo brasileiro. Tim Lopes era repórter especial da TV Globo e um dos mais respeitados jornalistas do país. O choque causado pela morte do Tim fez com que Beraba liderasse um grupo de colegas de diferentes redações que começaram a se reunir com o objetivo de formar uma associação de jornalistas que pudesse ser uma ferramenta de defesa da liberdade de imprensa, de expressão e da formação de melhores jornalistas investigativos.

Em um destes primeiros encontros, na sede do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, nascia o embrião do que mais tarde seria a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, a Abraji. Depois daquela reunião, Beraba enviou um e-mail a 45 jornalistas. Ele falava da necessidade e da importância de se criar uma associação. Conversou pessoalmente com muitos deles, para convencê-los a abraçarem a iniciativa.

A Abraji foi fundada ainda naquele ano e Beraba foi o seu primeiro presidente. O jornalista Rosental Calmon Alves destaca a importância de Beraba na criação e consolidação da Abraji: “Uma das maiores dificuldades na criação de organizações similares na América Latina foi a falta de um Beraba em cada país. Líderes como ele são raros na criação, no desenvolvimento e na estabilização de associações de jornalistas. Seu estilo de liderança, baseado sobretudo no diálogo sincero, na transparência, na paciência para escutar e na habilidade de encontrar pontos comuns e conciliação no meio de divergências que pareciam irreconciliáveis”.

Na Abraji, Beraba definiu as prioridades da associação com um tripé: qualificação do jornalismo via promoção de cursos para milhares de jornalistas, direito à liberdade de informação (que resultou na Lei de Acesso à Informação) e defesa da segurança dos jornalistas no exercício da profissão.

Legado para gerações futuras

O legado de Marcelo Beraba para as futuras gerações de jornalistas é marcado por sua paixão pelo jornalismo, sua dedicação à apuração dos fatos e seu compromisso com a ética e a qualidade da informação. Américo Martins, que trabalhou com Beraba na Folha, afirma que ele "Mudou a minha vida. Foi um mestre para mim". Beraba sempre incentivou os jovens jornalistas a se aprofundarem em seus conhecimentos, a dominarem as técnicas de investigação e a buscarem a verdade com rigor e imparcialidade.

Para Beraba, alguns dos fundamentos do jornalismo incluem pesquisar, obter e dominar conhecimento, "porque você tem um leitor, um telespectador cada vez mais exigente". Ele também enfatiza a importância da observação e critica o jornalismo "de aspas", declaratório. Em sua visão, "um desvio do nosso jornalismo, exatamente por não ter muita observação de nada, foi se tornar um jornalismo 'de aspas', declaratório".

Ao longo da vida Beraba era chamado pelos amigos de "mestre". Era desse jeito que ele costumava chamar os colegas para uma conversa. O que começou como um vício de linguagem, tornou-se uma marca pessoal, refletindo a maestria com que apostava em novos talentos e estimulava reportagens investigativas.

Marcelo Pontes relata que uma das grandes características de Beraba era seu próprio aperfeiçoamento profissional e a obsessão por tentar sempre melhorar a qualidade do jornalismo.

Ao compartilhar suas experiências e seus conhecimentos, ele contribui para a formação de novas gerações de jornalistas comprometidos com a excelência e com a defesa da liberdade de imprensa.

Beraba deixa a esposa, Elvira, duas filhas, dois enteados e três netos. A cerimônia de seu funeral ocorrerá nesta quarta-feira, 30 de julho, no memorial do Carmo, no Cemitério do Caju, da 12h30 às 15h30.

 

Assinatura Abraji