• 29.11
  • 2010
  • 15:47
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Encontro de jornalistas discute terrorismo na Tríplice Fronteira

O Encontro Internacional de Jornalistas na Tríplice Fronteira, que aconteceu nos dias 26, 27 e 28 de novembro em Ciudad del Este, no Paraguai, promoveu um intenso debate sobre o suposto financiamento de células terroristas a partir da região. O painel aconteceu no sábado à tarde, pouco depois de uma visita à mesquita de Foz do Iguaçu. Naquele momento, o WikiLeaks já tinha mais de 250 mil telegramas enviados por embaixadas norte-americanas em todo o mundo para Washington. Parte dos documentos foi encaminhada ao jornalista Fernando Rodrigues, colunista da “Folha de S. Paulo” e presidente da Abraji, que publicou a reportagem: “Brasil disfarçou luta antiterror, dizem EUA”. 

Segundo o texto, baseado em seis dos 1.947 telegramas enviados de Brasília e em poder do WikiLeaks, “A Polícia Federal do Brasil "frequentemente prende pessoas ligadas ao terrorismo, mas os acusa de uma variedade de crimes não relacionados a terrorismo para evitar chamar a atenção da imprensa e dos altos escalões do governo". “A intenção da administração do presidente Lula de negar a existência de células terroristas no país se daria por duas razões, segundo o [embaixador] norte-americano. Primeiro, um temor de "estigmatizar" a comunidade árabe no Brasil. Segundo, o receio de "prejuízo para a imagem" da chamada tríplice fronteira (entre Brasil, Argentina e Paraguai) como destino turístico”.

Sócios da Abraji em dia com suas anuidades recebem diariamente um e-mail com dicas de reportagem, indicações de sites interessantes e de fontes de consulta na internet. O tema da newsletter de hoje foi justamente o vazamento desses papéis, com reportagens de jornais dos Estados Unidos, Paraguai, Espanha e Brasil. Para fazer parte da lista de discussão da Abraji, basta se associar no site e fazer o pagamento da anuidade.

Em tempo: o Encontro na Tríplice Fronteira foi organizado pela Abraji e também pelo FOPEA (Argentina), Fopep (Paraguai) e Fopremi (província de Misiones). Duas associadas da Abraji foram sorteadas e tiveram as despesas com passagem aérea e estadia pagas.

Assinatura Abraji