Conheça a nova diretoria da Abraji para o biênio 2026-2027

Com 158 votos (62,7% do total), a chapa Plural foi eleita segunda-feira, 3 de novembro, para dirigir a Abraji no biênio 2026-2027. Foi a primeira vez na história da organização em que houve duas chapas concorrentes – a Contraponto recebeu 90 votos. Para a presidente eleita, Carolina Moreno, foi uma votação histórica, com a participação de 88% dos associados.

“Agradecemos pelos 158 votos nessa eleição histórica, da qual a Abraji é a verdadeira vencedora, e por todo o apoio às nossas propostas. Trabalharemos para tirá-las do papel com responsabilidade, transparência e convidando as pessoas associadas a participarem cada vez mais", disse Moreno.

O processo de votação, que ocorreu de forma online, com voto secreto, contou com a participação de 252 votantes dos 286 aptos. Houve 3 votos nulos (1,2%) e 1 voto em branco (0,4%).

Conheça os integrantes da nova diretoria, que toma posse em janeiro:

Presidente:

Ana Carolina Moreno é jornalista formada pela USP, com pós-graduação em Jornalismo pela Universidade da Coruña e especialista em reportagens guiadas por dados e formação em técnicas de ciência de dados. Tem 43 anos, e durante 13 anos trabalhou como repórter e produtora na TV Globo, onde hoje atua como cientista de dados em produtos de Tecnologia para o Jornalismo. Antes, passou pela Folha de S. Paulo, Jornal da Tarde e Terra Magazine. Foi Reynolds Fellow no Programa Lede de Jornalismo de Dados da Columbia University e Fellow do Dart Center no programa sobre a cobertura da crise de refugiados (2019) e de primeira infância (2022). Recebeu os prêmios Andifes, Impa, Abmes e Estácio, além dos prêmios Claudio Weber Abramo e Data Journalism Awards e finalista do Prêmio Vladimir Herzog, na equipe do Monitor da Violência/g1. Nomeada Jornalista Amiga da Criança pela ANDI. Integra o Conselho da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) e é co-organizadora do grupo R-Ladies São Paulo. Também é diretora da Abraji (2024-2025), apoiando na curadoria do Domingo de Dados, na revisão de processos de tecnologia e na coordenação do processo de atualização estatutária.

Vice-presidente:

Juliana Dal Piva é jornalista formada pela UFSC com mestrado no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da FGV-Rio. Atualmente, é repórter do Centro Latino-americano de Investigação Jornalística (CLIP) e colunista do ICL Notícias. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. Venceu diversos prêmios de jornalismo. Entre eles, o prêmio Relatoría para la Libertad de Expresión (RELE), da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, em 2019. Apresentadora do podcast A vida secreta do Jair e coordenadora do podcast "No Alvo", do ICL Notícias. Autora dos livros O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro, best-seller em 2022 e finalista do prêmio Jabuti de 2023, e, ainda, de "Crime sem castigo: Como os militares mataram Rubens Paiva", da editora Matrix, de 2025, também na lista de livros mais vendidos da revista Veja. Em 2025, foi agraciada com o prêmio “Coragem no Jornalismoˮ, concedido pela International Women's Media Foundation (IWMF) e se tornou a primeira brasileira em 36 anos a ser homenageada pela instituição. Atualmente é diretora da Abraji (2024-2025), atuando no apoio às ações de segurança e proteção de jornalistas.

Diretoria:

Basília Rodrigues é analista de política, formada em Jornalismo e graduanda de Direito. Há 18 anos, cobre Política e Judiciário. Além da experiência em reportagem, análise e consultoria política, a jornalista participa de treinamento de mídia para advogados, empresários, executivos públicos e privados, realiza palestras e media debates. Já esteve em atividades com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU (Fida), Consórcio Nordeste, Grupo Esfera, Câmara Brasileira de Indústrias da Construção, Tribunal Superior do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, AGU, Defensoria Pública, Sociedade das Américas. Venceu o Troféu dos +Admirados Jornalistas do país, em 2025. Pelo trabalho na CNN Brasil, foi escolhida entre os profissionais negros mais admirados e recebeu o prêmio Melhores do Ano, do site NaTelinha/UOL, em 2023 e 2024, além do Prêmio Engenho de Comunicação, e Prêmio Analistas. Também ganhou o Troféu Mulher Imprensa como melhor repórter de rádio, nas edições de 2018 e 2020, por sua atuação na rádio CBN, do Grupo Globo, onde trabalhou por 12 anos. Atualmente, é analista política do SBT News. Também é diretora da Abraji (2024-2025), período no qual idealizou a implementação do programa de bolsas de mulheres negras do Congresso.

Catarina Barbosa é jornalista amazônida e feminista, reconhecida pelo trabalho premiado na cobertura de violações de direitos humanos. Recebeu os Prêmios INEP de Jornalismo, Patrícia Acioli de Direitos Humanos, Vladimir Herzog e Javier Valdez de Periodismo Investigativo Latinoamericano. Também foi homenageada com a Medalha Paulo Frota de Direitos Humanos, concedida a quem defende a vida e luta por uma sociedade de mais direitos. Em 2024, foi fellow do Pulitzer Center com a Sumaúma e passou a integrar a Rainforest Investigation Network. É também pós-graduanda em Jornalismo de Dados na Universidade Federal do Pará. Filha de ribeirinhos, traz para suas reportagens e investigações sobre questões ambientais, crédito rural, conflitos fundiários e direitos das populações tradicionais uma perspectiva ancorada em sua ancestralidade, o que lhe confere uma visão singular das dinâmicas socioambientais da Amazônia. Atualmente é diretora da Abraji (2024-2025), contribuindo com a representação institucional da Abraji junto a comunidades e comunicadores indígenas e nas formações do Projeto Caravana.

Breno Pires é jornalista, recifense, com 37 anos, graduado na UFPE. É repórter desde 2008. Trabalha na revista piauí, em Brasília, desde 2022. Dedicado à fiscalização do poder público, revelou o escândalo do orçamento secreto em reportagens pelo Estadão. Trabalhou também no Jornal do Commercio no Recife e no SporTV no Rio de Janeiro, pelo qual foi correspondente no México em 2014. Em 2020, foi pesquisador visitante na Columbia University (Nova York). Ganhou prêmios Petrobras, Iree, Não Aceito Corrupção e Estadão de Jornalismo. Foi finalista do Prêmio Gabo e do Prêmio Javier Valdez. Atualmente é conselheiro fiscal da Abraji (2024-2025), tendo coordenado o processo de elaboração da primeira versão da Política de Gastos e Reembolsos.

Hyury Potter é jornalista freelancer e escreve sobre a Amazônia há mais de 20 anos. Suas investigações já resultaram em dois documentários curta-metragem: “A Floresta em pé - Bá Kájmã Ãm” (Repórter Brasil, 2024) e “Pilotos da Amazônia” (The Intercept Brasil, 2022). Potter é membro da Rainforest Investigations Network, do Pulitzer Center, e já conduziu investigações com bolsas das organizações Journalismfund Europe, ICFJ e IJ4EU. É autor do projeto Amazônia Minada, um mapa publicado pela InfoAmazonia que identifica em tempo real processos de mineração ilegais que afetam Terras Indígenas e Unidades de Conservação de proteção integral da Amazônia. Como pesquisador, Potter já coordenou investigações em relatórios para o Instituto Vladimir Herzog, a Human Rights Watch e outras organizações não-governamentais das áreas de meio ambiente e direitos humanos. Recebeu em 2025 o Prêmio de Periodismo Rey de España e o Pulitzer Centerʼs Breakthrough Journalism Award, em 2024.

Maiá Menezes é editora-assistente do Estadão. Foi editora de Política e repórter especial do Globo. Especializada em Políticas Públicas, foi vencedora dos prêmios de Periodismo Rey de España, Ypis, Esso e CNT. Foi também repórter da Veja. Atualmente é vice-presidente da Abraji (2024-2025), participando da concepção e da coordenação do Projeto Inspiração.

João Pedro Pitombo é jornalista profissional desde 2007, tem 40 anos, é baiano e graduado em jornalismo pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), com mestrado em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela mesma instituição. Já passou pelas redações dos jornais Correio, A Tarde e trabalhou com TV em Angola. Desde 2013, é repórter da Folha de S.Paulo em Salvador, onde cobre temas como Política, Eleições, Meio Ambiente e Segurança Pública. Ganhou os prêmios Folha, IREE e Não Aceito Corrupção e foi finalista do Prêmio Gabo de Jornalismo em 2024.

Maíra Mathias é jornalista formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestre em literatura brasileira pela mesma instituição. Cobre temas relacionados à saúde há 17 anos, grande parte desta trajetória feita num veículo público de comunicação: a revista Poli, da Fiocruz. É criadora da newsletter Outra Saúde, que editou entre 2018 e 2021. Atualmente, é editora em O Joio e O Trigo, onde também pesquisa e faz roteiros para o podcast do veículo, o Prato Cheio. Tem experiência em gestão, tendo atuado como diretora de redação do Joio e coordenadora de comunicação da Escola Politécnica, da Fiocruz. Venceu o Prêmio Anamatra 2024 (categoria texto).

Nayara Felizardo é jornalista cearense, formada em Comunicação Social pela Universidade Estadual do Piauí, com 15 anos de experiência. Iniciou a carreira em veículos tradicionais de Teresina, depois trabalhou por seis anos no jornalismo independente. Atualmente é repórter do G1. Suas coberturas têm foco em ameaças aos direitos humanos, especialmente relacionadas à corrupção no sistema de justiça. Nos últimos oito anos, ganhou oito prêmios, entre eles o Troféu Mulher Imprensa por dois anos seguidos e o Prêmio Anamatra de Direitos Humanos. Em 2024, foi finalista do Prêmio Gabo. Também atua em defesa da diversidade regional na imprensa e foi co-fundadora da Cajueira, um projeto que valoriza o jornalismo independente do Nordeste.

Paula Bianchi é jornalista com foco em direitos humanos e meio ambiente. Formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS, é editora na Repórter Brasil e parte da Oxford Climate Journalism Network. Recebeu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos de 2022 na categoria produção jornalística em texto, é Jornalista Amiga da Infância pelo Andi e recebeu Menção Honrosa do Prêmio Patrícia Acioli de Direitos Humanos. Participou de algumas das principais investigações do país, como a série Vaza Jato. Foi editora na Agência Pública e no The Intercept Brasil. Atuou também como repórter no UOL, Terra e Folha de S.Paulo, além de ter sido editora na Agência de Notícias Internacional EFE.

Conselho fiscal: 

Sarah Teófilo é repórter do jornal O Globo. Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), já passou pelas redações do Popular (Goiás), Correio Braziliense, R7 e Metrópoles. Goiana, está em Brasília desde 2020 cobrindo política, com ênfase em reportagens investigativas. Venceu o prêmio CNT de 2023 e o Premio a la Excelencia Periodística, concedido por La Sociedad Interamericana de Prensa (SIP), em 2024. É atual diretora da Abraji (2024-2025), assumindo participação em discussões junto ao TSE sobre campanha contra a desinformação.

Julia Affonso é repórter investigativa do UOL, em Brasília. Cobre o governo federal e o Congresso, com foco em reportagens sobre corrupção, privilégios e o mau uso do dinheiro público. Passou pelas redações do jornal O Estado de S.Paulo e da GloboNews. É formada pela PUC-Rio, tem mestrado em Jornalismo Investigativo pela City St George's, University of London e especializações em Ciência Política e Ciência de Dados. Recebeu os prêmios IREE, CNT, Não Aceito Corrupção, Inovação e Justiça, Abecip e Estadão de Jornalismo. Foi bolsista da Reynolds Fellow no curso Lede, de Jornalismo de Dados da Columbia University, em 2025, e do Chevening, programa de lideranças do governo do Reino Unido, em 2019.

Bárbara Libório é jornalista especializada em investigação e dados. É codiretora do Instituto AzMina, coordenadora do MBA em Jornalismo de Dados do IDP e professora na ESPM-SP. Foi editora do Aos Fatos, da Época e do Canal Meio. Como repórter, passou por IstoÉ, iG e Folha de S.Paulo. É doutoranda em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo e mestre em Mídias Criativas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ganhou prêmios internacionais como o Prêmio de Jornalismo Gabriel García Márquez e nacionais como o Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados. É fellow do Edward Murrow Program e foi bolsista da Fundación Carolina.