Formação

Help Desk

Recursos para Jornalistas Mulheres | Capítulo 3: Segurança, discriminação e assédio

Recursos para Jornalistas Mulheres | Capítulo 3: Segurança, discriminação e assédio

Publicado originalmente no site da GIJN.

Recursos de segurança

A segurança preocupa todos os jornalistas, mas mulheres enfrentam mais ameaças com violência de gênero, assédio, discriminação no local de trabalho e no exercício da profissão, além de ataques virtuais desproporcionais em comparação com homens. Abaixo estão alguns recursos para melhorar a segurança das mulheres na mídia.

Leia os recursos sobre Segurança das Mulheres Jornalistas da UNESCO e este boletim informativo que vale a pena assinar.

“Como reportar com segurança: estratégias para mulheres jornalistas e seus aliados” é um curso em inglês, on-line, gratuito e autodirigido do Centro Knight.

O Google está lançando um filtro de assédio de código aberto para jornalistas. (The Verge)

Internacional Association of Women in Radio & Television publicou um livro de bolso sobre segurança de jornalistas mulheres. Esse guia de 95 páginas é voltado para repórteres em zona de conflito e tem sessões sobre avaliação de risco, assédio virtual e segurança de viagem. 

Segurança Física: Reportagem Individual e Segurança Física: Atenuando a Violência Sexual são recursos criados em 2019 pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). O CPJ realizou uma pesquisa sobre questões de segurança enfrentadas por mulheres jornalistas nos EUA e no Canadá, descritas nesta postagem. As novas seções são adições à coleção de Notas de Segurança do CPJ, que reforça seu Guia de Segurança do Jornalista.

International Women’s Media Foundation (IWMF) criou um fundo de emergência para auxiliar mulheres jornalistas com despesas médicas e legais, assim como custos de mudança e realocação.

A GIJN compilou em uma página de recursos guias de segurança e organizações que oferecem ajuda a jornalistas em perigo, com assistência médica, jurídica e cobertura de custos de mudança para um local seguro.

European Centre for Press & Media Freedom (ECPMF) lançou um centro de alerta onde jornalistas mulheres podem reportar ataques por meio de mensagens criptografadas e pedir ajuda. Os pedidos são recebidos por mulheres da equipe do ECPMF e os relatos são confidenciais. 

Coalition Against Online Violence (CAOV) é composta por 45 organizações de jornalismo e segurança online que apoiam mulheres jornalistas que enfrentam assédio online.

Segurança das Mulheres Jornalistas é um guia de recursos da Free Press Unlimited.

International Federation of Journalists (IFJ) em conjunto com a International Labour Organization está trabalhando em uma campanha para o fim da violência contra jornalistas mulheres. O projeto inclui kits de ferramentas, publicações e links para políticas relevantes. A IFJ fornece apoio e recursos para solucionar os problemas e pressionar os governos locais por mudanças significativas. 

Agora sabemos que o autocuidado pode ser tão importante para a segurança e o bem-estar quanto medidas de segurança. Para minimizar a síndrome de burnout, mitigar o trauma e aumentar seu foco, confira esses vídeos de yoga da IWMF com treinos pensados especificamente para mulheres jornalistas.

Troll-Busters.com é uma campanha global que oferece “controle online de pragas para jornalistas”, com foco em mulheres e especializada em identificação, mitigação e relato de ameaças e assédio virtual. Eles também têm recursos e treinamento específicos para mulheres jornalistas.

PEN America lançou um Manual de Campo de Assédio Virtual com ferramentas e dicas práticas para se defender contra o ódio e o assédio virtual. A PEN descreve o manual como “uma central de aconselhamento, orientação e recursos sobre cyber-stalking, doxing (prática de divulgação de dados privados), discurso de ódio e outras formas de assédio digital”. 

A campanha Byte Back foi lançada em 2016 pela International Federation of Journalists (IFJ) e organizações parceiras na região da Ásia-Pacífico para impedir o cyberbullying e o assédio online de mulheres jornalistas. A campanha oferece recursos, táticas e suporte para combater o assédio virtual.

linha direta de segurança digital da Access Now trabalha com indivíduos e organizações em todo o mundo, gratuitamente. Eles podem ajudar a melhorar as práticas de segurança digital e fornecer assistência emergencial de resposta rápida em duas horas em inglês, espanhol, francês, alemão, português, russo, filipino, árabe e italiano.

Guia “Faça Você Mesma” para Cibersegurança Feminista abrange ferramentas para bloquear rastreamento online, ferramentas para contornar censura e anonimato, defesa contra malware, práticas de autenticação fortes, privacidade nas mídias sociais, bem como criptografia de dispositivos e comunicações. (Versão em espanhol).

Speak Up & Stay Safe (r): Um guia para se proteger do assédio online, da Feminist Frequency, descreve táticas para combater doxxing, privacidade em mídias sociais e plataformas de jogos, práticas de compartimentação, fortalecimento da segurança de autenticação, segurança de sites pessoais, privacidade de correio físico e conselhos relacionados ao assunto.

Alerta Machitroll é uma campanha em língua espanhola da Colômbia, lançada pela Fundación Karisma em 2015 para combater a violência contra as mulheres no ambiente digital. O grupo fornece um Alert Generator e estratégias de auto-ajuda para combater o assédio online com humor.

centro de recursos da Crash Override Network lista ferramentas, guias e serviços úteis sobre diversos tipos de assédio virtual, incluindo vazamento de imagens íntimas e não consensuais e proteção de dados pessoais, senhas e dispositivos.

Take Back the Tech é uma campanha colaborativa global destinada a assumir o controle da tecnologia para acabar com a violência contra as mulheres. Eles fornecem assistência a vítimas de assédio relacionado à tecnologia, kits de ferramentas de segurança digital para dispositivos e recursos para direitos, autocuidado e estratégias de sobrevivência. Eles também apoiam e ajudam a lançar campanhas locais.

Os piores (e mais seguros) países para viagens femininas solo é um estudo de 50 países, feito em 2019, pelos jornalistas de viagens Asher Fergusson e Lyric Benson. Mais 42 dicas sobre como as mulheres podem ficar seguras enquanto viajam sozinhas.

Um guia de recursos de 200 páginas, “Segurança Online de Jornalistas Femininas”, foi desenvolvido pelo escritório do Representante da OSCE sobre Liberdade de Mídia (RFoM).

Recursos sobre discriminação e assédio

Discriminação e assédio no local de trabalho são problemas comuns que afetam muitas indústrias, incluindo o jornalismo. De acordo com um relatório do Council on Foreign Relations, 18 países ainda exigem que as mulheres tenham a permissão do marido para trabalhar, 59 não oferecem proteção legal contra o assédio sexual no local de trabalho e 104 restringem os tipos de empregos que as mulheres podem ter. A discriminação salarial é global. Abaixo estão alguns recursos disponíveis atualmente para ajudar a abordar a discriminação de gênero e o assédio sexual no local de trabalho.

Women in News (WIN) desenvolveu um kit de ferramentas para empregadores e funcionários lidarem (e prevenirem) o assédio sexual em suas organizações de mídia, também traduzido em árabe, espanhol, francês, vietnamita, birmanês e russo. O kit de ferramentas inclui um guia prático, cartazes de conscientização, exemplos de políticas, pesquisas e modelos de comunicação. A WIN também tem vários recursos para ajudar os gerentes a criar melhores ambientes de trabalho para as mulheres. A organização trabalha na África Subsaariana, Oriente Médio e Sudeste Asiático. Seu podcast, The Backstory, explora questões de liderança feminina nas redações.

As mulheres merecem melhor. A OMS poderia liderar o caminho, pela professora Sheila Tlou e pela ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Rt. Exmo. Helena Clark. (2022)

Gênero e Linguagem. Como as linguagens altamente generificadas afetam as pessoas não binárias e como a sociedade as vê? (2022)

Reportando sobre Violência Sexual em Conflito (Dart Centre Europe). O jornalismo responsável pode chamar a atenção e esclarecer crimes para os quais as pessoas têm dificuldade em encontrar palavras adequadas. Reportagens descuidadas, no entanto, podem piorar as coisas, aumentando a angústia e expondo os sobreviventes a mais perigos. Essas diretrizes são escritas por jornalistas e cineastas que trabalham regularmente em questões relacionadas à violência sexual relacionada a conflitos. Elas surgem do reconhecimento de que o jornalismo precisa fazer mais para definir e compartilhar as melhores práticas. O objetivo é alcançar uma cobertura mais precisa e perspicaz, reduzindo o risco de danos adicionais àqueles corajosos o suficiente para contar suas histórias.

A UNESCO e o Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) publicaram juntos uma pesquisa sobre violência online contra mulheres jornalistas. A pesquisa, que é  “a mais abrangente e geograficamente diversificada já realizada sobre o tema da violência online”, recebeu respostas de 714 mulheres jornalistas em 113 países.

Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, na sigla em inglês) está trabalhando com a Organização Internacional do Trabalho em uma campanha para acabar com a violência contra mulheres jornalistas. Os recursos incluem kits de ferramentas, publicações e links para políticas relevantes, inclusive sobre a disparidade salarial entre homens e mulheres. A IFJ fornece apoio e recursos para abordar diretamente os problemas – incluindo assédio – e pressionar os governos locais por mudanças significativas.

Press Forward, com sede em Washington, tem um guia passo a passo para jornalistas mulheres que sofrem assédio sexual no local de trabalho, além de outros recursos relevantes. Eles foram elaborados tendo em mente as leis e políticas dos EUA, mas podem ser úteis em qualquer lugar.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) realizou pesquisas sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no setor. Com base nos resultados, o Mulheres no Jornalismo Brasileiro lista recomendações para os meios de comunicação do Brasil para abordar o assédio, discriminação e violência baseados em gênero. Em 2018, 50 jornalistas brasileiras também divulgaram um manifesto em vídeo contra o assédio sexual e a discriminação usando a hashtag #DeixaElaTrabalhar no Facebook e no Twitter

Digital Women Leaders oferece às mulheres jornalistas um treinamento individual gratuito por 30 minutos, inclusive sobre questões como discriminação no trabalho, assédio e diferenças salariais.

The Totem Project, em parceria com a International Women Media Foundation (IWMF), criou diversos cursos online sobre assédio em diversos idiomas.

Assinatura Abraji