• 14.02
  • 2012
  • 14:22
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Abraji mostra preocupação com escalada de violência contra jornalistas

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo manifesta preocupação pelo que parece ser uma escalada de violência contra jornalistas no Brasil.

No dia 9 de fevereiro, o jornalista Mario Randolfo Marques Lopes foi assassinado na cidade de Barra do Piraí, no sul do Estado do Rio de Janeiro. Ele mantinha uma coluna de política e de acordo com depoimentos de conhecidos, tinha conquistado desafetos por causa de seu trabalho. Na ação, sua namorada também foi morta.

Três dias depois, na noite do dia 12 de fevereiro, outro crime brutal contra um profissional da imprensa: o editor Paulo Roberto Cardoso Rodrigues foi atingido por cinco tiros em Ponta-Porã, fronteira do Brasil com o Paraguai. Socorrido, morreu na madrugada seguinte no hospital. A polícia não descartou motivação política para o crime.

Atentados como esse merecem atenção especial da polícia, que deve conduzir uma investigação célere sobre as causas e perseguir a responsabilização dos culpados. Crimes que têm por objetivo calar um jornalista se configuram em grave atentado à liberdade de expressão e é preciso uma apuração ágil e rigorosa para que não fiquem impunes.

A violência contra repórteres no ano passado foi a principal causa para que o país despencasse 41 posições no ranking de liberdade de expressão da ONG Repórteres Sem Fronteiras. De acordo com o International News Safety Institute (INSI), no ano passado o Brasil foi o 8º país mais perigoso do mundo para jornalistas. Até agora, o país ocupa a primeira posição no ranking de 2012, empatado com a Síria.

Assinatura Abraji